A construção do comum

Perante a grave crise de habitação e as sérias consequências da privatização da terra, como subverter o sistema convencional de propriedade para implementar uma propriedade coletiva de bens comuns? Como podem os arquitetos contribuir para qualificar a compreensão da produção e do cuidado do habitat coletivo? Pode o design reforçar a pertença à comunidade e aumentar o sentido de lugar?

Para aprofundar os argumentos em torno da propriedade e dos cuidados não especulativos no âmbito da exposição Habitar Lisboa, convidámos o filósofo francês Pierre Dardot para desenvolver a atividade prática do Comum e articular a forma como o Comum se tornou o princípio definidor e uma ferramenta conceptual crítica para os movimentos políticos alternativos no século XXI. A Dardot juntam-se os arquitetos Joanne Pouzenc e Alex Römer, do ConstructLab, que defendem que a união pode ser fomentada através do design e que o nosso objetivo deve ser o de construir terrenos não apenas comuns mas também de convívio. A conversa é moderada pela crítica e curadora Julia Albani.

Esta conversa é a primeira de uma série de eventos em torno do Comum, iniciada e organizada pelo Institut Français du Portugal e pelo Goethe-Institut Portugal, em parceria com o Centro de Arquitetura / Garagem Sul. É desenvolvida no âmbito do programa paralelo da exposição Habitar Lisboa (comissariada por Marta Sequeira), por ocasião do próximo festival «Uma Revolução Assim — Luta e ficção: A questão da habitação» – uma iniciativa do Goethe-Institut Portugal, em parceria com a Culturgest – Fundação Caixa Geral de Depósitos, com curadoria de Julia Albani.

Visita guiada à exposição Habitar Lisboa para participantes no evento:
17 de março, 15h00 | Participação gratuita, mediante inscrição prévia pelo e-mail garagemsul@ccb.pt | Máximo 30 participantes