O gosto dos outros | 5 viagens gastronómicas
Moderação de Fortunato da Câmara
Datas / horários
3, 10, 17, 24 e 31 de maio 2021 18:30
É a atividade em que nos ocupamos desde os primeiros instantes em que o oxigénio nos preenche os pulmões, e acompanha-nos até aos derradeiros momentos da nossa existência: nutrir o corpo. O melhor que conseguirmos, claro. Alimentarmo-nos é elementar, não é preciso ser um detetive brilhante, mas é uma saborosa investigação que nos demora uma vida inteira. Não haverá porventura nenhuma conclusão a tirar, mas pelo caminho irão surgir muitas idiossincrasias apetecíveis de descobrir. Em cinco temas distintos que vivem sob a égide da gastronomia, vamos encontrar as encruzilhadas da história e da antropologia da alimentação. Porque, afinal, como bem disse Ferran Adriá pela primeira vez em 2013: «A maior rede social do mundo é a comida.»
Programa
3 maio – O sabor e o gosto, uma evolução social
Convidado: André Magalhães (Taberna das Flores)
Sinopse: O sabor está nos alimentos e a perceção que temos deles é uma experiência sensorial que se vive através dos cinco sentidos e que nos ajuda, individualmente, a escolher o nosso prato ou receita de eleição. Conhecermos melhor o «nosso» gosto é apenas um dos pontos de passagem numa viagem que se iniciou há pelo menos 225 anos (ou talvez mais!) e que continua… Vamos senti-la e continuar a viajar um pouco por ela.
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10 maio – As sementes e as plantas viajantes
Convidada: Dulce Freire (Coordenadora Projeto ReSeed)
Sinopse: Porque será que a laranja é epónimo da palavra Portugal em vários países e idiomas ou qual a razão para a pimenta se chamar pimenta-do-reino no Brasil? As plantas e as sementes também viajaram no passado, é um facto, mas algumas ficaram esquecidas, na Península Ibérica. Portugal teve um papel fulcral que pode vir a ser muito útil no futuro da alimentação se conhecermos o que se passou agricultura entre os séculos XVI e XX.
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17 maio – Os vinhos que se moldaram no tempo
Convidado: João Paulo Martins (Jornalista Expresso)
Sinopse: Temo-los como valores seguros e bebidas lendárias universais. Champanhe, Madeira, Porto… são alguns dos vinhos icónicos que conhecemos, mas o perfil vínico que adquiriram ao longo de séculos nem sempre foi assim. O corpus gustativo de cada um e os seus percursos foram sendo ajustados aos mercados que os procuravam. É que os apaixonados por Porto e champanhe estão muito longe de serem portugueses e franceses.
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24 maio – O cacau: de líquido amargo a doce sólido
Convidada: Fátima Moura (Autora Do Cacau ao Chocolate)
Sinopse: Uma pequena fava de aroma simples deu origem a uma bebida ancestral, amarga e temperada com malaguetas, que era uma experiência metafísica e inebriante no seu perfume incomum. O Homem transformou essa fava num alimento doce e prodigioso com múltiplos descritores de aromas e sabores. O cacau fez-se chocolate, líquido ou sólido, com salinhas e códigos sociais para ser tomado e venerado, e que hoje, tal como o vinho, tem lotes de grand crus e os seus terroirs para ser devidamente apreciado. Vamos sentir um pouco dessa saborosa história.
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31 maio – Doçaria portuguesa: influenciadora social
Convidada: Isabel Drumond Braga (Historiadora)
Sinopse: Fala-se dos Descobrimentos e da expansão portuguesa, mas, dentro desse período, houve uma peculiar «era do açúcar» onde a preponderância deste valioso ingrediente foi uma empresa lucrativa, e ao mesmo tempo criativa para a doçaria nacional. Entre casas senhoriais e conventos, entre a frugalidade e a opulência, há uma marca que persiste até hoje e nos distingue no receituário doceiro, que teve ramificações internacionais até lugares insuspeitos.
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