Datas / horários
4 junho de 2024 18:30 na Sala Luís Freitas Branco
Entrada livre, mediante levantamento de bilhete no próprio dia na bilheteira CCB.
O livro que inclui o disco Rasgar (ed. Tradisom Publicações Culturais) descreve a trajetória da prática do cavaquinho desde a atualidade até à informação mais remota e os momentos em que o instrumento se cruza com Júlio Pereira (músico e presidente da Associação Cultural Museu Cavaquinho).
Este estudo, da autoria de Nuno Cristo, constitui a mais recente contribuição para um conhecimento atualizado do cavaquinho, nas diversas versões que foi assumindo desde o séc. XIX. Sem ser exaustivo, o texto cita pela primeira vez uma série de referências, revelando repertórios e contextos sociais relacionados com a prática do cavaquinho em Portugal em várias épocas e lugares. Igualmente pioneira é a publicação de imagens raras, algumas delas até agora desconhecidas do grande público.
De modo a dar acesso direto à comunidade internacional, (recordemos que a construção do cavaquinho já é Património Cultural Imaterial), o livro contém a sua versão em inglês, incluindo as obras de referência.
O álbum, prefaciado por Susana Sardo (etnomusicóloga, professora catedrática da Universidade de Aveiro), com música e direção musical de Júlio Pereira, conta com a participação de 12 músicos e das vozes convidadas de Selma Uamusse e Luanda Cozetti, foi misturado com a inovadora tecnologia áudio DolbyAtmos.
A apresentação do livro terá lugar no Centro Cultural de Belém, onde será possível conhecer em primeira mão o estudo e desfrutar da música que o acompanha. Será uma oportunidade única para mergulhar na história e no som do cavaquinho, um instrumento que continua a encantar e inspirar gerações.
Painel de apresentação
Júlio Pereira, músico/autor
Susana Sardo, etnomusicóloga, autora do prefácio
Nuno Cristo, etnomusicólogo, autor do texto
Paulo Lima, antropólogo
Domingos Morais, educador pela arte
José Moças, diretor da Tradisom
Nota biográfica
Júlio Pereira não precisa de apresentações… A atestar a sua experiência e o seu testemunho musical, referem-se a quase uma centena de discos em que interveio como instrumentista, orquestrador ou produtor. Não sem deixar de referir a importância da sua íntima ligação à carreira de José Afonso, a partir de finais dos anos 1970, bem como a sua participação em trabalhos conjuntos com Pete Seeger, Kepa Junkera, The Chieftains e James Hill.
A atestar o reconhecimento e consagração pela sua obra — ainda mais que os inúmeros prémios que recebeu —, não pode deixar de se referir a repercussão cultural do seu trabalho, nomeadamente na criação de escolas e instrumentistas, verificado em Portugal a partir dos anos 1980.