Jean-Louis Violeau
A Grande Recusa? Os Arquitetos Franceses e o Maio de 68
Datas / horários
16 de outubro de 2018 19:00
Acabaram-se as Belas-Artes! Vivemos o ano de 1968 em França, chega de copiar, vamos inventar! O quê, qual é o rumo? Veremos… Há múltiplas direções, e os cruzamentos são, por vezes, perigosos. Mas não importa, os arquitetos são jovens e a maior parte está bastante envolvida. Envolvida politicamente à esquerda, como é evidente, mas indissociavelmente inclinada para uma renovação teórica: chegou a hora do estruturalismo especulativo com a sua “efeitologia” que irá recorrer tanto à lógica matemática como à linguística. Os arquitetos, em particular os mais jovens, desconsideram profundamente a construção, em nome de uma dupla rejeição: para baixo (a desqualificação no seio dos grandes escritórios) e para cima (a figura do arquiteto-burguês). Mas negar-se como arquiteto “tradicional” não significava uma rejeição completa da arquitetura, antes pelo contrário: será através de um regresso ao projeto e à redescoberta da sua própria história que esta geração alcançará, rapidamente, um lugar de destaque. Apesar de se construir primeiramente a partir da rejeição, nenhuma geração pode cristalizar-se sem criar, ao mesmo tempo, um ideal e procurar transmitir algumas referências e representações partilhadas.
Jean-Louis Violeau
é sociólogo e professor na École Nationale Supérieure d’Architecture de Nantes e docente na École Urbaine de Sciences Po de Paris. É membro dos Conselhos de Redação das revistas Place Publique e Urbanisme. Colabora regularmente com as revistas L’Architecture d’Aujourd’hui, AMC-Le Moniteur Architecture e D’architectures. É responsável pelo comissariado coletivo da exposição Les années 68 et l’enseignement de l’architecture que abrirá as suas portas, em maio de 2018, na Cité de l’Architecture et du Patrimoine, em Paris. Contribuiu para duas manifestações que decorreram no âmbito da Bienal de Arquitetura de Veneza de 2014, Radical Pedagogies e o catálogo do Pavilhão francês. Está a preparar, para a primavera de 2018, uma obra sobre os anos do maio de 1968, em Les Halles (De la contre-culture à la culture parallèle), e terminou recentemente a coordenação da tradução de uma antologia da revista Utopie. Texts and Projects. 1967-1978, apoiada pelas editoras Semiotext(e) e MIT Press. A sua tese sobre Les architectes et mai 68 foi publicada, em 2005, pela editora Recherches, herdeira remota da revista epónima lançada sob a égide de Félix Guattari e do CERFI. A sequela, Les architectes et mai 81, foi publicada, em 2011, na mesma editora.
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