Histórias Globais da Arquitetura

A Fundação CCB reserva-se o direito de recolher imagens e registos de sons para divulgação e proteção de memória da sua atividade artística.
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Sessão #1 | 26 outubro – Do Método Comparativo à História Global

A sequência de edições do livro A History of Architecture, de Banister Fletcher, demonstram um século de transformação do campo da história da arquitetura. A primeira edição, com o subtítulo A Comparative Method, foi publicada em 1896. A vigésima segunda, e mais recente, edição com o título Sir Banister Fletcher’s Global History of Architecture (2019), conta com mais de 80 autores e pretende construir uma história da arquitetura global e detalhada.

Sessão #2 | 2 novembro – Os Lugares e as Formas no Tempo

A série de livros Pelican History of Art editada por Nikolaus Pevsner entre 1946 e 1977 inclui volumes que apresentam a arte e arquitetura da Índia, da China, do Japão e da América do Sul.  George Kubler foi o autor dos volumes Art and Architecture in Spain and Portugal and their American Dominions, 1500 to 1800 (1959) e The Art and Architecture of Ancient America (1962). Foi este trabalho que lhe permitiu sintetizar uma nova filosofia da história da arte e arquitetura em The Shape of Time: Remarks on the History of Things (1962).

Sessão #3 | 16 novembro – Para Além da Europa

Nesta sessão serão analisados dois livros que tiveram origem em programas académicos de história da arquitetura que passaram a englobar objetos de estudo de tradição não-ocidental. A Global History of Architecture (2006), de Mark Jarzombek e Vikramaditya Prakash, expandiu o intervalo cronológico e o espaço geográfico de uma história da arquitetura generalista. Architecture Since 1400 (2014), de Kathleen James-Chakraborty, inclui uma série de geografias do hemisfério sul num período que tradicionalmente era ilustrado com exemplos da Europa e da América do Norte.

Sessão #4 | 23 novembro – Macro-história e Micro-histórias

Com Architecture: From Prehistory to Climate Emergency (2021), Barnabas Calder apresenta uma história da arquitetura generalista e global, na tradição das narrativas de Nikolaus Pevsner e Ernst Gombrich, mas que inclui outras geografias e enfoques. Por outro lado, Rethinking Global Modernism: Architecture Historiography and the Post-colonial (2021), editado por Vikramaditya Prakash, Maristella Casciato, e Daniel E. Coslett, apresenta uma miríade de procura «descolonizar e globalizar» os modelos do modernismo.

Eliana Sousa Santos é arquiteta, investigadora e docente. É licenciada em arquitetura pela Universidade de Lisboa (2001), Mestre pela Universidade de Coimbra (2007) e Doutorada pela Universidade de Londres (2010). É coautora do livro Primavera Tardia: Uma Viagem Pela Memória e Paisagem do Japão (2021), obra finalista dos prémios FAD 2022 na categoria Pensamento e Crítica. Foi a vencedora do Prémio Fernando Távora em 2017 e, desde então, tem publicado ensaios na imprensa. Foi comissária da exposição A Forma Chã, apresentada no Museu Calouste Gulbenkian e projeto associado da Trienal de Arquitectura de Lisboa 2016. Foi visiting postdoctoral fellow na Yale School of Architecture em 2013/14. É investigadora no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e tem exercido funções como docente em escolas de design e arquitetura. É professora auxiliar convidada na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto e no Departamento de Arquitetura do ISCTE-IUL.