Datas / horários
Segunda a domingo, 29 junho a 14 julho de 2024 na Praça CCB
Inauguração: 29 junho às 18:00
Instalação
Uma instalação interativa para bicicletas.
Paisagem Boldo resgata a rica experiência cinética que informa a poética espacial do coreógrafo brasileiro João Saldanha e o seu encontro com a arquitetura modernista brasileira dos anos 1960 no Rio de Janeiro. Nesta instalação interativa ao ar livre criada pela colaboração entre coreógrafo brasileiro Gustavo Ciríaco e o arquiteto português João Gonçalo Lopes, os cobogós, as rampas, as curvas dos jardins, a simplicidade dos elementos estruturais e os volumes e texturas da arquitetura modernista brasileira presentes nas diferentes camadas da experiência corporificada de Saldanha, reaparecem transfiguradas na paisagem construída deste circuito de bicicletas.
Concebida pelo coreógrafo brasileiro Gustavo Ciríaco, a coleção Cobertos pelo Céu inaugura uma série de instalações interativas e performances inspiradas em experiências marcantes de paisagens de artistas sul-americanos e portugueses. Movido pela curiosidade sobre como os artistas percebem e expressam o mundo através do espaço, bem como sobre a interseção entre arte, espaço e assinatura poética, Ciríaco embarca numa jornada de descoberta através da poética espacial desses criadores e das suas formas únicas de serem espelhos do mundo.
Biografias
Gustavo Ciríaco é um coreógrafo e artista transdisciplinar brasileiro que transita entre a dança e as artes visuais, passando por projetos expositivos e intervenções onde a experiência é o motor da partilha com o público. Com um caráter site-specific, as suas obras fomentam o diálogo entre contexto e arquitetura, geografia e habitação, realidade e ficção, numa pesquisa contínua sobre os campos extensivos da arte de fazer dança. A sua obra foi apresentada nacional e internacionalmente na Europa, Américas, Ásia e Médio-Oriente. Entre os seus projetos destacam-se a exposição Sala de Maravilhas e as peças Gentileza de um gigante e Aqui enquanto caminhamos. Desde 2018, é artista-investigador associado no THIRD – DAS Research – Universidade de Artes de Amsterdão.
João Gonçalo Lopes é formado em Arquitetura pela Universidade de Coimbra e pela Escuela Técnica de Arquitectura de Madrid. Trabalhou em reconhecidos estúdios de arquitetura em Tóquio, Xangai e Londres. Em 2015, cocriou o coletivo Til, grupo de pesquisa e exploração prática em torno dos processos de transformação material e da reflexão sobre o papel da forma, do espaço e da construção na intervenção cívica e social. Na sua prática pessoal desenvolve projetos onde se cruzam as áreas da arquitetura, do urbanismo, da arte, da construção e da educação.
João Saldanha é um coreógrafo brasileiro que fundou, no final da década de 1980, o Atelier de Coreografia, uma companhia cuja história se mistura com o próprio percurso da dança contemporânea carioca e brasileira. Com um trabalho caracterizado pela fluência do movimento, as suas coreografias lembram um eterno passeio cinético, influenciadas pela rica composição espacial remanescente das linhas e tensões da arquitetura de Oscar Niemeyer, em diálogo com a irregularidade e os padrões abruptos da geografia do Rio de Janeiro, a sua cidade natal.
Ficha Técnica
Conceção e direção artística Gustavo Ciríaco
Artista convidado João Saldanha
Projeto arquitetónico e colaboração artística João Gonçalo Lopes
Construção e conceção de montagem Patrick Hubmann e João Gonçalo Lopes
Fotografia João Peixoto
Assessoria de imprensa Mafalda Simões
Administração e gestão financeira Missanga Antunes / Efémera Colecção
Direção de produção Carolina Gameiro
Coprodução Fundação Progresso, Teatro Municipal do Porto / DDD – Festival Dias da Dança
Apoio institucional THIRD – Das Research – Dance and Theatre Academy – Amsterdam University of the Arts
Apoios à residência DEVIR – Centro de Artes Performativas do Algarve (Faro), Pico do refúgio (Rabo de Peixe), Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas (Ribeira Grande), 23 Milhas/Fábrica de Ideias (Gafanha de Nazaré), GNRation (Braga), Casa de Dança de Almada (Almada), Cia Instável e Museu Fundação de Serralves (Porto) e Espaço Novo Negócio/ZDB (Lisboa)
Apoio República Portuguesa – Cultura – DGArtes – Direção-Geral das Artes
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