Future Architecture Platform
Lucia Tahan, Fakt Office, Bika Rebek and Léopold Lambert
Datas / horários
26 de outubro de 2017 19:00
Para esta Distância Crítica, convidámos quatro arquitectos, profissionais, e pensadores (Lucia Tahan, Fakt Office, Bika Rebek e Léopold Lambert) cuja obra vai além do espectro do objecto construído e que trabalham em diferentes campos, criando outras narrativas para a prática arquitectural, de forma a construir contra-imaginários necessários na limitada agenda do presente e usá-los para provocar possíveis futuros distintos.
“Não tenho medo de entender mal o futuro, como quase invariavelmente o farei. Estou realmente determinado a explorar o nosso muito misterioso e desconhecido momento presente.” William Gibson
Distância Crítica 2017
Vivemos na era da paranóia dos dados – “too much world”, nas palavras de Hito Steyerl. Bots do Twitter, factos alternativos, blockchains, inteligência artificial, fake news, hacking de ADN, leaks falsos. O que antes reconhecíamos como “o real” transformou-se num conjunto de realidades confusas, criadas através de personalidades digitais, avatares e perfis de redes sociais, gerando paisagens de incerteza onde podemos dizer que as categorias de Lacan se sobrepõem: o imaginário, o simbólico e o real criam uma base comum na qual a arquitectura tem de desempenhar o seu papel. É inegável que este fluxo de dados afecta a forma como as cidades evoluem, afectando o nosso contexto social, o sistema político, a forma como nos movemos, consumimos, sonhamos e vivemos.
Neste contexto, cada vez mais a arquitectura se torna uma disciplina mediada, desdobrando-se em muitas formas distintas de produção e circulação — dos edifícios aos projectos de investigação, exposições, livros e outros media — onde as ferramentas e interfaces de comunicação podem ser instrumentos poderosos que provocam uma viragem significativa na forma como teoria e prática estão interligadas, enquanto simultaneamente podem apresentar uma visão confusa do contexto social e político em que precisamos de agir. Imersos neste grupo colossal de camadas, é fácil perder a distância crítica que é normalmente necessária para antever para onde caminhamos como prática. No entanto, a “distância crítica” não se refere a distância física; refere-se ao tempo e espaço necessários para reflectir, discutir e confrontar o status quo, para ver as coisas sob perspectivas diferentes, de forma a criar novos entendimentos do papel do arquitecto de hoje.
Manter uma distância crítica da nossa prática pode trazer enormes consequências para o futuro da arquitectura, se ele existir. Ou, pelo menos, para explorar de muitas formas distintas e activas o nosso “misterioso e desconhecido momento presente”.
Ethel Baraona Pohl — dpr-barcelona
coprodução
CCB/Garagem Sul e Trienal de Arquitectura de Lisboa
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