Anos decisivos: Bauhaus 1922-1923

Há cem anos a reputada escola de arte e design modernista alemã, a Bauhaus, vivia um dos debates mais decisivos e conflituais da sua história. Wassily Kandinsky, interessado nas possibilidades espirituais e psicológicas da cor, chegava a Weimar, vindo de Moscovo, para dirigir os workshops de pintura, reforçando as premissas expressionistas que vinham definindo a linha programática da escola desde a sua abertura em 1919. Por sua vez, o artista húngaro László Moholy-Nagy assumia a direção do Vorkurs, o curso probatório exigido a todos os alunos, sob uma via pedagógica de orientação construtivista, cujo enfoque dado às virtudes da máquina ditaria o futuro da escola.
Nesta visita temática propomos reconstituir a grande querela ocorrida no seio da Bauhaus, entre expressionistas e construtivistas, e perceber como essas duas vias encararam diferentemente a integração das artes na vida: ora em linha com o Arts and Craft, ora a favor de uma produção adaptada à industrialização das sociedades modernas.

Conceção e orientação Sofia Nunes