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CCB
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Datas / horários

24 junho de 2023 Vários Espaços do CCB

Para encerrar esta Carta Branca, gostaria de abrir o CCB ao público para que celebrasse (e participasse) comigo numa maratona musical ao longo de quase 24 horas. Será uma oportunidade para sentir, ver e escutar o CCB por dentro, viajando pelos seus múltiplos espaços, arquitetónicos e acústicos, assistindo ao modo como a luz e o som incidem nos seus múltiplos espaços, desde as 10h da manhã de sábado, até ao nascer do sol de domingo. Do génio de Johann Sebastian Bach, ao sublime Miguel Azguime, da invenção de Carlo Gesualdo, à tenacidade de Morton Feldman, da energia transcendente de Iannis Xenakis à alegria da partilha comunitária de sons e espontaneidade que uma orquestra participativa proporciona. – Pedro Carneiro

 

Folha de Sala

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Programa

Alvorada

Gaitas e Tambores

Na tradição portuguesa, dá-se o nome de Alvorada ao anúncio musical que assinala o começo de um dia de festa. Ao romper da aurora, o músico percorre as ruas da localidade, parando aqui e ali para distribuir cumprimentos. Antigamente, esta tarefa ficava a cargo de um único músico, como por exemplo um gaiteiro ou um tamborileiro. Mas, entretanto, esses músicos foram sendo substituídos pelas bandas filarmónicas, pelas fanfarras, ou até mesmo pelo mais fugaz e banal dos seus sucedâneos, o rebentamento de foguetes. Para os gaiteiros, a Alvorada é considerada um género musical autónomo. Nalguns exemplares desse repertório o contorno da melodia procura reproduzir o movimento ascendente e descendente do Sol. Encetamos a nossa maratona musical no CCB com uma sequência de alvoradas, protagonizadas por Tiago Morais e Ricardo Brito da Associação Gaita-de-Foles e pelo Grupo de Percussão da Orquestra de Câmara Portuguesa.

Tiago Morais e Ricardo Brito (Associação Gaita-de-Foles), Pedro Carneiro e Grupo de Percussão da Orquestra de Câmara Portuguesa (OCP)

Local: Caminho Pedonal às 10:00
Duração aprox: 30 min.

Entrada Livre

Meditação

Orquestra Participativa

Meditação é uma partitura em texto, concebida por Pedro Carneiro, que vai buscar inspiração às peças inclusivas e de consciência cívica de Markus Stockhausen e às obras comunitárias de David Lang, mais especificamente à partitura crowd out, para 1000 pessoas aos gritos (2014). A estreia absoluta desta Meditação caberá a uma Orquestra Participativa, formada por todos os músicos e não músicos, profissionais e amadores, alunos e entusiastas, de todas as idades, que nela quiserem participar com os seus instrumentos e a sua voz. Juntos nesta orquestra democrática, espontânea, e também efémera, vamos fazer ressoar e vibrar em sintonia e harmonia a grandiosa Praça do CCB.


Local: Praça CCB às 11:00
Duração aprox: 30 min.

Entrada Livre

 


📌 Sempre sonhou fazer parte de uma orquestra?

Então inscreva-se e venha integrar a nossa orquestra participativa para apresentar a obra Meditação de Pedro Carneiro na Maratona de 24h de Música do espetáculo “Carta Branca a Pedro Carneiro #4”.
Quer seja músico, amador ou simplesmente um entusiasta, traga o seu instrumento ou apenas a sua voz e venha partilhar connosco esta maravilhosa experiência de música espontânea no dia 24 de junho às 11h na Praça do CCB.


 

Inscrições para participar

Itinerários

O CCB é um espaço público, da cidade, das pessoas, com múltiplos espaços exteriores, por vezes «devorados» pelo público em enérgicos frenesins de festivais, concertos e recitais. Os artistas, por seu turno, habitam também as suas salas de ensaio, palcos, bastidores, corredores. Nesta tarde teremos a oportunidade rara de ver e escutar o CCB por dentro e por fora, viajando, através da música e do movimento, pelos seus múltiplos recantos, arquitetónicos e acústicos, e assistindo ao modo como o som e a luz interagem em cada aresta: desde a explosão da percussão no Jardim das Oliveiras, a um solo insólito em cima do Cubo da Praça CCB, um solilóquio poético na Escada Espiral do Museu CCB, os 44 duos de Béla Bartók com uma dupla itinerante de violinos no Jardim da Sala Luís de Freitas Branco, passando pelo toy piano de Joana Gama no Foyer do Grande Auditório (piso 1). Uma imperdível viagem sonora e arquitetónica.

FOYER DA SALA LUÍS DE FREITAS BRANCO (PISO 1)
Dois Violinos Andarilhos
Béla Bártok
44 Duos para dois violinos, Sz.98 (excertos)
Violino Sofia Ruivo
Violino Beatriz Morais

FOYER DO PISO 1 DO GRANDE AUDITÓRIO
Árvores, Pássaros, Cogumelos (e Silêncio)
Toy piano Joana Gama

Ruy Belo
Algumas proposições com pássaros e árvores que o poeta remata com uma
referência ao coração
in Homem de Palavra(s)

João Godinho
Sobreiro

Tonino Guerra
As folhas das cerejeiras
in O Livro das Igrejas Abandonadas

João Godinho
Cerejeira

Ron Padget
O poeta como pássaro imortal
in Poemas Escolhidos

João Godinho
Embondeiro

José Tolentino Mendonça
Cogumelos, Música e Silêncio
in jornal Expresso – 20/11/20

John Cage
Suite for Toy Piano

Adília Lopes
«Ler, escrever…» (pág 55)
in Estar em Casa

António Pinho Vargas
Dinky Toys

Adília Lopes
«Uma personagem de Agustina…»
(pág. 54)
in Estar em Casa

António Pinho Vargas
Brinquedos

Mary Oliver
Arrecadação
in Felicidade

Tiago Cutileiro
mmc7 – O último mergulho

Mary Oliver
À excepção do corpo
in Felicidade

Ivan Moody
Ritini

Manoel de Barros
Árvore
in Poesia Completa

João Godinho
I – Passarês
II – Anéis de Fadas
III – Um passeio na floresta

Alberto Caeiro
Guardador de rebanhos XI
in Poemas de Alberto Caeiro

CUBO DE VIDRO
Nas Alturas
clarinete baixo Ana Maria Santos

Michael Jarrel
Assonance (excertos)

Luciano Berio
Sequenza
Lied

Pierre Boulez
Domaines (excertos)

Toshio Hosokawa
Étude

Wayne Siegel
Jackdaw (excertos)

Astor Piazzola
Tangos

Johann Sebastian Bach
Suites para violoncelo solo
(excertos transcritos)

 

ESCADA ESPIRAL DO MUSEU DE EXPOSIÇÕES
Solos, Duos e Trios

Flauta transversal Rui Maia
Viola João Abreu
Violoncelo Henrique Constância

Johann Sebastian Bach
Andamentos das Suites n.º 2 e n.º 4
para violoncelo solo BWV 1008 e BWV 1010
(HC)

François Devienne
6 trios para flauta, viola e violoncelo (excertos)
(RBM, JA, HC)

Heinz Holliger
Sonata (In)solit(air)e, para flauta solo (excertos)
(RM)

Georg Philipp Telemann
12 Fantasias para flauta solo (excertos)
(RBM)

Johann Sebastian Bach
Andamentos da Partita II, BWV 1004
(JA)

Johann Sebastian Bach
Sonata em Mi maior BWV1035 para flauta e baixo contínuo
(RBM, HC)

Krzysztof Penderecki
Cadência para viola solo
(JA)

Witold Lutoslawski
5 Bucólicos para viola e violoncelo
(JA, HC)

Ludwig van Beethoven
Trio para 2 oboés e corne inglês, op.87 (transcrição)
(RBM, JA, HC)

JARDIM DAS OLIVEIRAS

  • Jardins sonoros
  • Grupo de Percussões da Orquestra de Câmara Portuguesa
  • João Carlos Pacheco (JCP)
  • João Miguel Braga Simões (JMBS)
  • Paulo Amendoeira (PA)
  • Rafael Picamilho (RP)
  • Tomás Moital (TM)

Nicolaus A. Huber
Clash Music para pequenos pratos (5’)
(JCP, JMBS, PA, RP, TM)

Mark Applebaum
Catfish para peles, madeiras e metais (5’)
(JCP, PA, RP)

Steve Reich
Drumming Part I para 8 bongós (10’ – 15’)
(JMBS, RP, TM)

Iannis Xenakis
Okho para três Djembes (12’)
(JCP, PA, TM)

Fritz Hauser
As we are speaking para woodblocks (7’)
(JMBS, PA, TM)

Steve Reich
Music for Pieces of Wood para claves de madeira (12’)
(JCP, JMBS, PA, RP, TM)

James Tenney
Having Never written a note for percussion para percussão (10’)
(JCP, JMBS, PA, RP, TM)

Steve Reich
Clapping Music para palmas (4’)
(JCP, JMBS, PA, RP, TM)

Iannis Xenakis
Rebonds B para percussão solo (6’)
(PA)

Polo Vallejo
Tactus para percussão solo (9’)
(JMBS)

Phillipe Hurell
Loops II para vibrafone solo (9’)
(RP)

Madrigais

de Carlo Gesualdo

O extraordinário compositor italiano do século XVI, Carlo Gesualdo, ficou na história como um dos mais criativos e excêntricos compositores de todos os tempos, mas igualmente famoso pela vida atribulada e pelo duplo assassinato sangrento da sua primeira esposa e do seu amante. Nos seus livros de Madrigais, o Príncipe de Venosa (título pelo qual era conhecido) registou algumas das suas páginas mais inspiradas, explorando temas como o amor, a rejeição, a morte, a alegria e a angústia. Sob a direção do maestro Sérgio Fontão, as Voces Caelestes levam-nos numa visita guiada pelos contrastes imprevisíveis e surpreendentes destas partituras e pelas suas magistrais descrições das agonias e êxtases do amor. Um deleite para os ouvidos.

Voces Caelestes
Direção Sérgio Fontão

Local: Foyer do Grande Auditório (Piso 2) às 17:00
Duração aprox: 60 min.

Entrada Livre

 

 

Pléïades

de Iannis Xenakis

Em 2022, celebrou-se o centenário do nascimento de Iannis Xenakis (1922-2001), o polímata grego: compositor, arquiteto, engenheiro e visionário. Dos seus interesses múltiplos e infinitos – passando pela matemática, astronomia, informática, inclui-se a música do Bali, tradição musical que visitou (juntamente com Takemitsu e outros artistas) em 1972 e que impulsionou a criação de Pléïades (1979), uma das mais belas e arrojadas obras deste gigante da música do século XX. Escrita para um sexteto de percussão, a obra evoca duplamente o aglomerado de estrelas azul quente da constelação de touro, assim como, da mitologia grega, as irmãs-ninfas filhas do titã Atlas e Pleione, a filha do oceano. É uma autêntica sinfonia para percussão em quatro andamentos, cujo gigantesco dispositivo inclui seis exemplares de um novo instrumento construído especificamente nas oficinas da OCP: o Sixxen (six: seis / xen: Xenakis), um novo metalofone gigante inspirado no gamelão da Indonésia. Pléïades é um tour de force imperdível, com o Grupo de Percussão da Orquestra de Câmara Portuguesa, dirigida pelo maestro Henrique Constância.

 

Grupo de Percusão da Orquestra de Câmara Portuguesa (OCP)
Direção Henrique Constância

Local: Palco do Grande Auditório às 19:00
Duração aprox: 50 min.

 

 

 

Valor do bilhete 5€

COMPRAR

A Arte da Fuga (excertos)

de Sebastiian Bach

Considerada o pináculo do barroco musical e um dos mais importantes monumentos da história da música erudita, a Arte da Fuga é um ciclo de fugas e cânones desenvolvidos em torno de um único tema principal. O seu número e ordem permanecem controversos, bem como a sua exata instrumentação. Em cada uma das peças, o compositor alemão desenvolve com mestria inigualável uma técnica contrapontística específica, como se estivesse coligindo o Estado da Arte do contraponto. Há quem veja na Arte da Fuga a coroação de tudo o que se havia alcançado até à data na história da música erudita, e há quem considere esta partitura o testamento musical de J. S. Bach. Reverenciada tanto pela sua extraordinária beleza como pela sua complexidade matemática, a obra vai entrelaçando harmoniosa e intricadamente as suas múltiplas vozes, numa construção hipnótica que parece conduzir-nos a um clímax final, mas que é súbita e inesperadamente interrompida: a partitura não chegou a ser concluída pelo autor. É neste terreno fértil que o quarteto de cordas da Orquestra de Câmara Portuguesa (constituído na íntegra por jovens profissionais, alumni da Jovem Orquestra Portuguesa) se propõe percorrer os labirintos destas maravilhosas fugas e cânones.

 

Quarteto de Cordas da Orquestra de Câmara Portuguesa (OCP)

Local: Sala Luís de Freitas Branco às 21:00
Duração aprox: 60 min.

 

 

 

Valor do bilhete 5€

COMPRAR

A Vida é Sempre Preferível, ou o monólogo do sal para lhe completar a medida

de Miguel Azguime (estreia absoluta)

Miguel Azguime (n. 1960) é uma figura ímpar da criação portuguesa: percussionista, compositor, poeta, dinamizador cultural. Detentor de uma poderosa voz e de uma presença cénica emblemática, esta será a primeira apresentação na nova versão do novo espetáculo de poesia sonora no qual o compositor, o poeta e o performer se voltam a reunir num só, a solo, para uma nova incursão pela palavra enquanto música, e pela música enquanto palavra. Work in progress à procura de um novo devir, é um regresso à palavra e às suas transformações eletrónicas, uma reflexão sobre o homem e o mundo, onde a vida é sempre o caminho e o lugar preferível. Um espetáculo absolutamente imperdível!

 

Miguel Azguime: composição musical e textual, voz, electrónica em tempo real

Local: Black Box às 23:00
Duração aprox: 45 min.

 

 

 

Valor do bilhete 5€

COMPRAR

For Philip Guston

de Morton Feldman

Composta em 1984 por Morton Feldman (1926-1987), é uma das obras derradeiras deste músico norte-americano. Durante mais de quatro horas, um flautista, uma pianista e um percussionista tocam música intimista, no limiar do silêncio, levando o público a um extremo de concentração e a uma suspensão do tempo. O compositor Howard Skempton descreve esta música como «estar sentado na praia a ouvir o som das ondas – tão simplesmente». A sociedade talha o tempo em pedaços cruéis, que temos de preencher no nosso dia-a-dia. Por vezes cinco minutos são uma eternidade. Por vezes um dia inteiro desaparece num ápice. Quem sabe se, neste sábado à noite, o tempo irá voar veloz ou se a madrugada tardará a chegar. Seja como for, será, para todos os que pernoitam connosco, a partilha de uma experiência sonora e artística inolvidável. É a reta final desta maratona musical. E é desta forma que Rui Borges Maia (flauta), Joana Gama (piano e celesta) e Pedro Carneiro (vibrafone, marimba, glockenspiel e sinos) encerram também esta Carta Branca.

 

Ficha artística

Direção musical, percussão, marimba Pedro Carneiro

Consultor artístico João Godinho

Tiago Morais e Ricardo Brito (Associação Gaita-de-Foles)

Orquestra Participativa

Quarteto de Cordas da Orquestra de Câmara Portuguesa (OCP)

(Violinos: Sofia Ruivo, Beatriz Morais; Viola: João Abreu; Violoncelo: Henrique Constância)

Grupo de Percussão da Orquestra de Câmara Portuguesa (OCP)

(João Carlos Pacheco, Rafael Picamilho, Tomás Moital, Paulo Amendoeira, João Braga Simões, Pedro Carneiro)

Flauta Rui Borges Maia

Clarinete baixo Ana Maria Santos

Piano e toy piano Joana Gama

Ensemble vocal Voces Caelestes (direção: Sérgio Fontão)

Direção musical Henrique Constância

Composição/voz Miguel Azguime

 

Local: Receção do Módulo 1 às 01:00 (de 25 junho)
Duração aprox: 5 h

 

 

 

Valor do bilhete 5€

COMPRAR

Idades

Maiores de 6 anos

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